domingo, 27 de fevereiro de 2011

RESILIÊNCIA

Apesar de vivermos em plena consolidação da democracia numa época em que os direitos garantidos são pela Constituição Federal de 1988, inúmeras violações dos direitos humanos revelam práticas arbitrárias que enfraquecem as tentativas de abrir caminhos para a efetivação da política da proteção integral aos idosos, famílias, jovens. O enfrentamento das situações de falta de acesso às políticas públicas, a uma rede socioassistencial conduz a um quadro de miserabilidade, desnível social, gerando um sentimento de impotência e extremo sentimento de “viver à margem”. A miséria, a violência envolvendo jovens é objeto de análise e reflexão em inúmeros debates, buscando-se alternativas embasadas nos direitos humanos. Segundo Walsh (2005, p. 4) resiliência pode ser definida como a capacidade de renascer da adversidade fortalecido e com mais recursos. È um processo ativo de resistência, reestruturação e crescimento em resposta à crise e ao desafio A compreensão da resiliência é ampla, não se trata simplesmente de sobreviver a uma crise e sim como enfrentar e sair da situação. As qualidades da resiliência para Walsh implicam nas pessoas conseguirem se mobilizar escolhendo opções viáveis, superando crises importantes assumindo suas vidas indo em frente para viver e amar plenamente (2005, p.4). Durante um período de crise cada família possui sua especificidade no enfrentamento. Algumas famílias ficam abaladas e paralisadas ante as dificuldades, não conseguem buscar caminhos nem opções viáveis. Outras, entretanto, desenvolvem uma união e se fortalecem no sofrimento. Podemos pensar que um padrão transgeracional de enfretamento de situações difíceis está implícito na forma como cada família supera ou paralisa perante às adversidades. Podemos entender que a família pode ser uma fonte potencial de resiliência, um recurso para ajudar os seus membros a superarem uma crise ou se apoiarem mutuamente numa interação saudável num momento de crise que envolve a todos. Faz-se necessário entender os processos que estimulam a resiliência familiar, a solidez da relação.Walsh, Froma (2005, p. 03) esclarece que a abordagem da Resiliência Familiar (…) visa identificar e fortalecer processos fundamentais que permitem às famílias resistir aos desafios desorganizadores da vida e renascer a partir deles. Os objetivos da abordagem da resiliência: prevenção, intervenção clínica e pesquisa. A comunicação é essencial para a resiliência familiar nos processos de perdas. Cada membro reage à sua maneira dependendo de diversas variantes como idade, posição na família, personalidade, etc.

A capacidade de aceitar a perda está no cerne de todas as habilidades e está presente nos sistemas familiares saudáveis. Observamos, no entanto, famílias com padrões pouco adaptativos para lidar com perdas inevitáveis pois, a capacidade de aceitar a perda e mudança implica na aceitação da idéia da morte e compartilhar tristeza e receber conforto na rede de apoio. Nossa cultura dificulta o reconhecimento da nossa própria fragilidade e em pedir ajuda. Assim, os grupos sejam os sociais,ou religiosos são fundamentais e facilitadores na superação da crise.

Em meio aos tumultos sociais e econômicos das últimas décadas, as famílias estão lidando com muitas perdas, desorganizações e incertezas. Ajudando as famílias a lidar com suas perdas, nós as capacitamos a transformar e melhorar os relacionamentos enquanto desenvolvem novos potenciais para enfrentar os futuros desafios da vida.

Resiliência na doença e prestação de cuidados:

Com relação ao enfrentamento e resiliência na doença, Walsh (2005, p. 197) considera:

A doença grave pode ser experimentada como um despertar para a vida. Ela pode aumentar e alterar nossa percepção das prioridades, com freqüência perdidas nas exigências confusas da vida cotidiana. Pode nos obrigar a fazer mudanças em nossos padrões de vida, assim como em nossas esperanças e sonhos. As doenças físicas ou mentais graves impõem uma série de desafios para os casais e para as famílias, requerendo uma considerável resiliência para seu enfrentamento e adaptação.

Frente a uma situação de doença grave na família esta se defronta com um grande desafio, os membros da família, repentinamente, se vêem como cuidadores. Esta tarefa implica em possuir as qualidades de resiliência uma vez que os cuidadores, mesmo com a rede de apoio, vão vivenciar e testemunhar o adoecimento e o desenrola de um processo, muitas vezes doloroso, de seu ente querido até a morte. O envolvimento da família no tratamento é facilitado quando ela recebe o respeito e apoio comunitário.


sábado, 26 de fevereiro de 2011

Comentário da amiga




Às vezes um comentário de uma leitora fala por si só.......
Publico aqui o que uma sábia amiga comentou

O texto sobre a mulher, retrata a pura verdade. Não existe mais espaço para o ser humano " mulher". Ela não tem mais espaço para chorar, rir ou simplesmente planejar alguma coisa.

A sociedade cobra da mulher, o mesmo resultado de uma máquina, a mesma produção de uma fábrica e com isso a mulher esqueceu de si mesma. É preciso buscar e encontrar a identidade adormecida e com isso, ser novamente feliz!


Obrigada amiga....

domingo, 20 de fevereiro de 2011

A Mulher


No que se refere a sua vida, seus desejos, temores e dissabores, a mulher está sem espaço. Espaço para chorar, rir de si mesma, do outro, da vida....
Qual é a imagem que cada mulher faz de si?
O ideal de beleza, a qualidade estética exigida pelo social, o apelo divulgado pela mídia, presentes nas passarelas é um ideal inalcançável para a grande maioria das mulheres e, podemos dizer que é duvidoso quanto a idéia real de beleza. Muitas passam a se comparar ao padrão estético cruelmente estabelecido e a não conviver bem consigo mesma, sua imagem corporal é distorcida - o meu corpo não é tão belo, minha pele não tem a elasticidade que deveria, estou gordinha.... A crise é iminente....
A busca pela beleza, juventude e a felicidade de se sentir desejada passam a depender do olhar do outro. A outra pessoa, o seu olhar de desejo, amor ou admiração, equivocadamente, é a única referência para que a mulher possa se sentir amada, bonita e completa.
Buscamos no outro o preenchimento de um vazio, que na verdade não é preenchido por algo ou alguém externo a nós.... Está no fundo do nosso ser.
Em primeiro lugar, é preciso encontrar nossa identidade feminina, conhecer o próprio corpo, a plenitude do desejo, para, finalmente, investir em si mesma, encontrar seu espaço, seu momento, escutar e ser a mulher bela que está em cada uma de nós.
Essa mulher que desvela a si mesma se abre a mudanças significativas .....