domingo, 23 de junho de 2013

FIM DA LEI DO CÃO




Num país marcado pela violência, impunidade, amoralidade, indignidade, doenças, fome... como sobreviver?

Felizmente, a classe dita "média", não sei se todos tem essa consciência crítica mas essa
classe está cada vez mais "achatada", vendo se esvair alguns direitos já alcançados. Essa "classe" vista por alguns como privilegiada, na minha opinião é aquela minoria que teve
oportunidade de estudar, ter um emprego, é aquela que pode ir às farmácias comprar remédios, tem sua casa para morar, enfim. um mínimo de dignidade. Mas, é a mesma classe que paga muitos impostos...

Os estudantes, pessoas que tem minimamente seus direitos resolveram juntar-se às vozes que clamam por justiça e também foram às ruas... Para protestar SIM por um país melhor, para que TODOS tenham acesso aos DIREITOS BÁSICOS e sejam tratados como CIDADÃOS.

Leio, consternada, na internet pessoas que perguntam num tom de ironia...

Porque essa manifestação não aconteceu antes?

E importa? Não dá para definir o momento certo... Uma gota que fez com que o "copo" da passividade e tolerância transbordasse... O importante é que o NOSSO POVO se uniu... A Lei do Cão não cabe mais para esta gente sofrida, inclusive a dita "classe média" que trabalha cinco meses só para pagar impostos. Para onde vai esse dinheiro?

As manifestações pacíficas devem continuar. Há muita coisa para mudar. "Quem sabe faz a hora..não espera acontecer".


Afinal, MUDANÇAS SÃO REALIZADAS PELO HOMEM E PARA O HOMEM!

quarta-feira, 19 de junho de 2013

ORGULHO DE SER BRASILEIRA







Nos últimos dias vimos, a princípio com certa perplexidade, estudantes universitários, famílias, trabalhadores, senhoras donas de casa se unirem num coro único e solidário .... iniciava-se uma manifestação pelo aumento da passagem do ônibus.

Perguntei a mim mesma? É só isso? Não era....

Vivemos e convivemos num país em que a miséria é vista com naturalidade.. acesso à educação de qualidade, atendimento digno e qualificado na área da saúde (nem os Planos de Saúde particulares nos oferecem um atendimento digno!!), saneamento básico! Nossas crianças brincam no esgoto.. convivem com ratos, são invisíveis... Ônibus? Até onde vão as linhas? Até que ponto da cidade existem ruas asfaltadas? E Creches... promessas que tem que ser cumpridas... O povo hoje tem VOZ que ninguém mais vai conseguir calar... Isso é certo e, como cidadã brasileira quero acreditar que a luta vai continuar SEMPRE!

O "país do samba, do carnaval, do futebol e do Pelé" vem mostrar ao mundo que é um país que tem um povo politizado que LUTA por seus DIREITOS... DIREITOS BÁSICOS!!!

O vandalismo?

Lógico que não vem dos manifestantes... Quem fala isso quer desviar a atenção da seriedade deste
movimento que é LEGÍTIMO e PACÍFICO...

BRAVA GENTE!!!

VALEU BRASIL!!!!

sábado, 1 de junho de 2013

Meu filho adolescente.... E agora?





Ser jovem é tão antigo quanto a humanidade, mas só a partir do século XVIII é que este passou a ocupar lugar de destaque na vida social humana, apesar de já existir uma percepção desta particular fase de desenvolvimento.

A juventude era identificada como um período de características próprias com relação ao corpo, ao crescimento, ao desenvolvimento, a certos comportamentos e funções na sociedade. Juventude significava força da idade e a sua história estava relacionada à dependência. Tornar-se Independente decidia o final da infância (Ariés,1981).

Para resolver os problemas, desafios e riscos enfrentados pelos adolescentes, é necessário tratá-los como um todo. Viabilizar a criação de mecanismos e meios que levem o adolescente a conviver em ambientes que i incentivem a adquirir estilo de vidas saudáveis.

O importante, mas não podemos deixar de admitir as dificuldades, é levar o adolescente a se tornar sujeito de sua própria existência e a considerar sua comunidade, sentindo-se parte integrante dela.

Os pais biológicos ou não, muitas vezes, sentem-se impotentes frente às situações e adversidades que encontram para exercer a paternidade ou maternidade; para estarem próximos ao filho ou filha que vivenciam um momento em que precisam se distanciar da família, rebelar-se contra valores, questionar, experimentar, enfim... buscar, incessantemente, seu eu, sua identidade e lugar social.

A impotência parental impede o caminhar, as bocas emudecem e o vazio e distanciamento entre pais e filhos se impõe como algo inevitável. Isso não é verdade, as coisas podem ser diferentes e os pais precisam sair do lugar de imobilização e construir uma ponte entre eles e o adolescente.

Como construir essa ponte?

O primeiro passo seria fazer uma retrospectiva de vida, pensar ... Como foi a minha adolescência? Quais eram meus medos, angústias...? O que eu queria mudar, transformar? Como via meus pais? E as minhas experiências?

Penso que essa reflexão pode possibilitar uma visão humanizada e até mesmo levar a compreensão das dores da adolescência. Sim, porque o jovem está sofrendo com todas as mudanças e sentimentos com os quais não consegue lidar.

A ponte leva a um lugar de diálogo, escuta,compreensão e acolhimento oportunizando ao adolescente ser o protagonista da sua história. Às vezes a falta de percepção das transformações evolutivas de seus filhos torna a realidade árida e as relações empobrecidas, esse descaminho deve ser evitado.



Referência Bibliográfica:

ARIÈS, P. História Social da Criança e da Família. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 1981.